quarta-feira, 18 de março de 2009

É isso aí, vamos lá!


É isso aí, vamos lá!
O EU já está cansado de se ver escrito na folha de papel e na tela do computador, é hora de sair correndo nu por aí, pular janelas, equilibrar-se sobre muros, mostrar a língua para pessoas de cara fechada, chutar o chão com tanta força que faz até o dedão sangrar e ainda dar risada disso (quando a dor passar, é claro!), usar árvores como degraus para alcançar o céu... É hora de tomar chuva forte, cantando e dançando, pulando sobre as poças d'água, e quando a chuva acabar, abrir o guarda chuva e ser levado pelo vento até qualquer lugar de onde se possa ver o Sol se pôr ou nascer.

Quantas músicas ainda ressoam na minha mente, embalando cada segundo do meu vôo. Lá em baixo vejo o oceano, que reflete a luz amarelada do Sol da tarde... e por falar em tarde, já é hora do chá da tarde!

Sentados no degrau da varanda, comendo biscoitos, lá estamos nós, na companhia de revistas em quadrinhos e formigas de quintal, que nos contam o segredo que ninguém sabe, é claro que eu não vou contar, é um segredo! E lá vem as nossas velhas e eternas amigas, as nuvens metamórficas, que ora são dinossauros, ora são tartarugas, ora são navios, ora são Monalisas, nos dando dicas de como passar de fase no minigame de carrinho.

-Mas e aí, é só isso?

-Não, ainda tem a parte dos sanduíches de geléia e do suco de ipê amarelo.

-Que suco de ipê amarelo?

-Sei lá, mas seria legal se tivesse, poderia ser até daqueles que vem no saquinho pra gente furar com o canudo e tomar enquanto passeia...

Meio monstro, meio humano


Todo mundo tem dentro de si um monstro e um "humano".
Às vezes queremos ser mais monstros para nos sentir seguros, às vezes somos mais "humanos", para nos setir bem. Às vezes baseamos a nossa identidade nesse monstro e temos dificuldade de manifestar o "humano", ou às vezes, nos baseamos no "humano" e nos sentimos traídos por nós mesmos quando manifestamos esse monstro que até então negamos ser.
O fato é que muitas vezes queremos ser mais um do que outro e não percebemos que a existência humana é monstruosa e "humana" ao mesmo tempo e negar qualquer um desses aspectos é apenas fingir que somos algo que na verdade não existe: o puro monstro ou o puro "humano".