quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Naquele dia, acordou com uma pancada nas costas. Olhou e apalpou para saber o que o atingira, mas nada constatou...
Levantou-se, escovou os dentes, tomou café, tocou violão e fez faxina...
Encontrou-se com seu amor, abraçou, beijou, riu e despediu-se como quem não quer deixar partir...
Olhou as árvores, as flores e as pessoas. Sorriu leve e/ou timidamente ao aceno das crianças no transporte escolar...
A chuva passara e o céu limpava-se aos poucos naquele fim de tarde. Olhou o horizonte e viu-o tingir-se de dourado...
Lembrou-se dos amigos mais próximos e dos menos próximos também...
Lembrou-se da semente que plantou e que germinou e das sementes que queria plantar...
Lembrou-se de sua família e das casas nas quais morou...
Lembrou-se que viveu...
Sentou-se e (não)chorou...
E despediu-se de tudo, até de si mesmo, pois sabia, de alguma forma, qual seria o seu "Fim"...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Um dia desses, ganhei da minha amada uma semente que ela encontrou no chão enquanto caminhávamos. Examinei a semente e pensei em guardá-la na minha carteira para dar sorte, pensei fazer um chaveiro com ela, pensei em fazer um colar, mas findei guardando-a no bolso.
Depois recolhido em meu quarto, examinei novamente a semente e tive uma idéia: "E se eu plantá-la em algum lugar?". Foi a melhor idéia que já tive a respeito.
Agora fico eu imaginando onde posso plantá-la, como vou cuidar dela enquanto germina, enquanto cresce... Imagino qual tamanho ela vai atingir em sua fase adulta, quantos animais se abrigarão nela, quantos se alimentarão dela, se ela dará frutos, se florescerá, quantos anos viverá, como será o mundo quando ela estiver velha, se as pessoas a respeitarão...
Pode ser que que ela não dê flores, pode ser que não dê frutos, pode ser que não abrigue animais, pode ser que as pessoas não a respeitem, pode ser que ela não chegue a crescer, pode ser que ela nem brote...
Pode ser até que eu nem chegue a plantá-la, mas ainda assim, valeu a pena as esperanças que essa linda árvore em forma de semente me trouxe.

sábado, 25 de julho de 2009

Cataclísmica e curiosa viagem
Uma vez escrita, não se apaga.
Para se alcançar a paz,
Será mesmo necessária a guerra?

O velho roga pelo novo
A ampulheta logo será virada
Os lugares mudarão
O vento mudará de direção.

Se a viagem é longa ou curta, eu não sei
Aonde chegarei, eu não sei.

Para ser leve como o ar, a água se enfurece.
Por que eu seria diferente?

Nem triste, nem alegre.
Nem bom, nem mau.
Simplesmente Catastrófico.

quarta-feira, 18 de março de 2009

É isso aí, vamos lá!


É isso aí, vamos lá!
O EU já está cansado de se ver escrito na folha de papel e na tela do computador, é hora de sair correndo nu por aí, pular janelas, equilibrar-se sobre muros, mostrar a língua para pessoas de cara fechada, chutar o chão com tanta força que faz até o dedão sangrar e ainda dar risada disso (quando a dor passar, é claro!), usar árvores como degraus para alcançar o céu... É hora de tomar chuva forte, cantando e dançando, pulando sobre as poças d'água, e quando a chuva acabar, abrir o guarda chuva e ser levado pelo vento até qualquer lugar de onde se possa ver o Sol se pôr ou nascer.

Quantas músicas ainda ressoam na minha mente, embalando cada segundo do meu vôo. Lá em baixo vejo o oceano, que reflete a luz amarelada do Sol da tarde... e por falar em tarde, já é hora do chá da tarde!

Sentados no degrau da varanda, comendo biscoitos, lá estamos nós, na companhia de revistas em quadrinhos e formigas de quintal, que nos contam o segredo que ninguém sabe, é claro que eu não vou contar, é um segredo! E lá vem as nossas velhas e eternas amigas, as nuvens metamórficas, que ora são dinossauros, ora são tartarugas, ora são navios, ora são Monalisas, nos dando dicas de como passar de fase no minigame de carrinho.

-Mas e aí, é só isso?

-Não, ainda tem a parte dos sanduíches de geléia e do suco de ipê amarelo.

-Que suco de ipê amarelo?

-Sei lá, mas seria legal se tivesse, poderia ser até daqueles que vem no saquinho pra gente furar com o canudo e tomar enquanto passeia...

Meio monstro, meio humano


Todo mundo tem dentro de si um monstro e um "humano".
Às vezes queremos ser mais monstros para nos sentir seguros, às vezes somos mais "humanos", para nos setir bem. Às vezes baseamos a nossa identidade nesse monstro e temos dificuldade de manifestar o "humano", ou às vezes, nos baseamos no "humano" e nos sentimos traídos por nós mesmos quando manifestamos esse monstro que até então negamos ser.
O fato é que muitas vezes queremos ser mais um do que outro e não percebemos que a existência humana é monstruosa e "humana" ao mesmo tempo e negar qualquer um desses aspectos é apenas fingir que somos algo que na verdade não existe: o puro monstro ou o puro "humano".

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Procura-se Jogador(a) de iô-iô


Procuro alguém que saiba fazer manobras de iô-iô para a gravação do meu próximo curta-metragem.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Um Jovem Monólogo

Aí vai uma produção audiovisual minha, que fala sobre ser jovem e ter um espírito jovem.
Eu ia escrever um texto filosófico, mas estou com preguiça, talvez mais tarde, o vídeo já fala bastante.

http://www.youtube.com/watch?v=JTK1rWqy-28 - primeira parte

http://www.youtube.com/watch?v=IG7dyVlmGYI&feature=related - segunda parte